VEREADOR ALFREDO RUY (PT) DENUNCIA CONTRATO DA PREFEITURA DE ITORORÓ COM A QUALITY CONSTRUÇÃO LTDA; INVESTIGAÇÃO MOSTRA QUE VALOR É UM DOS MENORES DA REGIÃO
O vereador Alfredo Ruy (PT) denunciou a Prefeitura de Itororó por firmar contrato de prestação de serviços e mão de obra com a empresa Quality Construção Ltda. Segundo o parlamentar, o valor de pouco mais de R$ 2 milhões seria “absurdo”.
Entretanto, uma apuração feita pelo jornalista investigativo Edcarlos Silva revelou que o contrato de Itororó é, na verdade, um dos menores da região e pode até ser considerado um presente da empresa para o município.
Comparativo regional
Na checagem realizada pelo jornalista, foram encontrados contratos de mesmo objetivo em cidades vizinhas:
Jussarí: contrato de mais de R$ 8 milhões com uma cooperativa de Alagoinhas (2025);
Potiraguá: contrato semelhante firmado por mais de R$ 7 milhões.
Ou seja, enquanto cidades de porte até duas vezes menores que Itororó assinaram contratos vultosos, o valor acordado em Itororó ficou na faixa mínima, destoando positivamente.
Contratação direta x terceirizada: direitos e benefícios.
Outro ponto relevante identificado pelo jornalista é a diferença entre a contratação direta pela Prefeitura e a terceirização por meio de empresas.
Quando a Prefeitura contrata diretamente servidores — sejam comissionados, nomeados ou prestadores de serviço — esses profissionais podem permanecer até quatro anos no cargo e, ao saírem, ficam sem nenhum direito trabalhista garantido. Não têm férias, 13º, FGTS ou seguro-desemprego. Além disso, pela falta de vínculo formal, não conseguem com facilidade abrir crediário, fazer cartão de crédito, obter limite bancário ou acessar crédito comercial.
Já com a contratação via empresa terceirizada, a realidade é bem mais favorável:
O trabalhador tem a carteira assinada pela CLT;
Garante férias, 13º salário, FGTS, verbas rescisórias, seguro-desemprego e, em muitos casos, até seguro de vida coletivo;
Com o contracheque (holerite) em mãos, pode comprovar renda e acessar crédito em bancos, cartões, limites de conta e crediários em lojas, facilitando a compra de roupas, calçados, móveis e eletrodomésticos.
Ou seja, além de representar economia para o município, o contrato terceirizado garante mais dignidade, segurança financeira e poder de consumo para o servidor, fortalecendo também o comércio local.
O entendimento do Ministério Público e a contradição política
Outro ponto que desmonta a denúncia do vereador Alfredo Ruy é o entendimento do Ministério Público, que já reconhece a legalidade das terceirizações e inclusive conta em seus próprios quadros com servidores terceirizados.
Esse cenário torna a denúncia ainda mais controversa, já que o parlamentar pertence ao Partido dos Trabalhadores (PT), cujo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é um ex-sindicalista que durante sua trajetória como metalúrgico em São Paulo liderou greves e movimentos históricos pela valorização da carteira assinada e dos direitos trabalhistas.
Hoje, em contradição com essa bandeira histórica, o vereador Alfredo Ruy se coloca contra aquilo que seu próprio partido e líder maior sempre defenderam: a valorização do trabalhador formalizado.
Fiscalizar é dever, mas com responsabilidade
É legítimo o papel do vereador em fiscalizar os atos do Executivo. Contudo, acusações que levam a população a acreditar em supostos crimes, sem análise comparativa dos dados e sem considerar entendimentos institucionais já consolidados, podem distorcer a realidade.
O levantamento realizado pelo jornalista Edcarlos demonstra que, em vez de superfaturado, o contrato de Itororó está abaixo dos valores praticados na região, sendo financeiramente benéfico tanto para os cofres públicos quanto para os trabalhadores.
Fonte:
Edcarlos Radialista Jornalista Investigativo Registro Profissional MTB 0063962-SP








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